sábado, 22 de maio de 2010

Estranho conto de Outono.



Era Outono, as folhas caiam e eu continuava
a andar sozinho, até que um belo dia em minha
volta da faculdade resolvi olhar para quem estava
do meu lado, não havia mais ninguem no metrô
vários lugares vazios, mas por que aquele estranho ao meu lado?
de algum modo aquele estranho me chamava a atenção.
Havia apenas esse estranho ao meu lado
penso o que devo fazer, amanhã
sei que será tarde, mas ele me olha
com olhos tão compadecentes
não sei se devo me jogar nos seus braços
ou apenas continuar a olhar a estranha
paisagem... Esse estranho de nome amor
que me chama e me pede para ficar
porém a paisagem lá fora me mostra
apenas o desapego, mas o estranho
continua a me olhar, e dessa vez diz
"Fique comigo, eu as vezes vou errar
mas também vou acertar, vou te fazer
sorrir e também chorar, tenho prós e contras
como tudo na vida, mas prometo me esforçar
para te fazer feliz" Pensei bem, depois daquelas
palavras com sinceridade e com um pouco de
pessimismo resolvi me entregar, me arriscar
talvez pela primeira e ultima vez, eu vá fazer
isso, amar, mas espero que enquanto amo
ser amado, ser feliz e dar felicidade
quero viver, sem pensar no amanhã
quanto a esse sentimento estranho,
resolvi com ele ficar.


"O amor muda como as folhas das árvores no outono.
E, se eu for capaz de entender isto, serei capaz de amar."
(Emily Brönte)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

E quem sou eu?





Sou ainda a criança birrenta, o menino cheio de vontades
e o adolescente revolucionário, mas tudo isso não é
mais que uma gota no oceano das minhas possibilidades
do meu futuro incerto e as vezes com um ponto final.
Ainda penso que é possivel voar, pois acredito
que sonhos podem ser verdade, aos poucos vou
descrendo de meu amor idealizado, para crer
no amor real, e me desapegar dessas crenças
que um dia me fizeram suspirar porém apenas
eram ilusões, mas o real é que amar é diferente
do que simplesmente tirar os pés do chão
por um momento enquanto ganho um beijo
demorado, amar, é muito mais do que se vê em filmes
amar é conhecer a sí mesmo, amar ao teu eu, e depois
afirmar que ama alguem.

sábado, 8 de maio de 2010

Meu Navio...






- Não entendo como posso navegar tanto sempre no mesmo navio, e simplesmente ainda ocilar
quero muito que a viagem continue, mas estranhamente algo de não sei onde, vem e me abala
é estranho porque dessa vez foi da onde menos esperava, fui traido por mim mesmo, traido
por dos meus marujos, e dói no meu peito, como comandante que deveria eu ser, e não deixar
coisas desse tipo acontecer, olhar mais, ser mais atento e controla essa vontade de acabar
com o marujo bricalhão que me machucou, mas vou ficar quieto no meu compartimento
secreto e que o mundo se acabe ao meu redor, mas o meu mundo naquele que entro
quando fecho os meus olhos no cantinho mais escuro e oculto do meu navio é nele
que vou repousar, de olhos fechados, pra não lembrar que existe o amanhã e que existiu
o hoje.